Todo o Renascimento numa só cabeça
Já tive outras oportunidades de falar aqui do Renascimento, revolução intelectual que marcou o fim da Idade Média e o início da construção do mundo como o vemos hoje. Vários foram os segmentos que ressurgiram com uma outra visão de mundo nessa época, baseada nas ideias da Antiguidade Greco-Romana: a filosofia, as várias artes, a pesquisa científica, a economia; e em cada uma delas uma cabeça pensante se destacou. Mas um cérebro conseguiu agrupar todas essas vertentes: o de Leonardo di ser Piero da Vinci.
Hoje “cerebramos” 490 anos da morte de da Vinci, que foi pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, matemático, fisiólogo, químico, botânico, geólogo, cartógrafo, físico, mecânico, escritor, poeta e músico. Trocando em miúdos: quer saber onde houve desenvolvimento renascentista? Olhe para a carteira de trabalho de Leonardo.
Na verdade todos que viveram essa guinada cerebral entendiam de vários assuntos. Foi a partir do Iluminismo, alguns séculos depois, que a especialização ganhou espaço na ciência, com o seu lema ressuscitado pelo poeta funkeiro hoje: “cada um no seu quadrado”.
Aí veio a crise econômica do início do século XXI, que obrigou as empresas a demitir seus executivos especialistas, mantendo no comando aqueles que manjavam de tudo um pouco. Será mesmo que os renascentistas eram super-heróis ou foi o cérebro humano que foi sendo limitado com o passar da modernidade?
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